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Actualidade e Futuro da raça

 

Deste muito novo que esta raça da qual só conhecia o nome e nunca tinha visto qualquer imagem exercia um fascínio no meu imaginário, recentemente há cerca de 3 anos um amigo diz-me que tinha umas cadelas rarissímas desta antiga raça e que me ia mostrar. Comecei a investigar e quando fui ver as cadelas, apesar do rabo estilo rabão muito curto tratam-se na realidade de cadelas tipo fila de S. Miguel rabonas que ainda por lá aparecem nos em São Miguel, sendo que não há muitos anos cerca de 1/3 das ninhadas tinham cães com esse tipo de cauda. De qualquer forma esse visita ao meu amigo foi o mote para eu começar a investigar, e através da minha rede de contactos obter um número de exemplares de qualidade que me permitem desenvolver um trabalho sério e fundamentado de recuperação da raça.

Cadela rabona curta tipo Fila de S. Miguel 

 

A muito esforço e insistência consegui retirar alguns amigos açorianos da zona de conforto e fazê-los passar palavra até que começaram a surgir resultados, consegui arranjar 3 cadelas do tipo amastinado rabonas e 1 de rabo torto e 2 cães do tipo bull de rabo torto vindos dos Açores.

 

Tendo consciência que este número de exemplares é escasso para um projecto de recuperação duma raça juntei ao plantel uma cadela de Dogue de Bourdéus  e uma cadela de Mastim espanhol que dá filhos rabões de linhas antigas de trabalho que nada tem haver com os actuais mastins de exposição cheios de infusão de raças como o S. Bernardo. Os mastins de trabalho são cães de 50-60 kg, ageis e sem medos. Ambas as cadelas são perfeitamente funcionais e um cão cruzado de bulldog inglêsx bulldog americano de cauda torta.

 

A razão de juntar estes cães ao projecto deve-se ao facto de serem raças/ fenotipos originais do Fila da Terceira por um lado por outro para manter a funcionalidade de agarre de gado bovino. 

 

É pois com esta base de 6 cadelas e 3 cães que se inicia este projecto de recuperação onde iremos primeiro cruzar  os dois fenotipos e depois separar os que nascerem de rabo torto dos outros mantendo  os dois fenotipos ( cabeça bull e mastiff) mas fixando as caudas torta e rabonas que são a marca distintiva da raça mas também e acima de tudo a funcionalidade de guarda e agarre de gado bovino ou caça grossa, que fizeram destes cães uma lenda.

 

No fundo o nosso velho Fila da Terceira era um cão tipo bullmastiff/ bandogue só que invés do mastim inglês foi usado o mastim ibérico + cães tipo bull de origem francesa ou inglesa, com o detalhe preferêncial da cauda torta como marca da raça a apartir do momento histórico que surgiu.

São cães onde se busca a funcionalidade porque naqueles tempos as pessoas não tinham dinheiro para ter cães como objecto de companhia ou luxo, mas como auxiliares nas suas labutas diárias no manejo do gado ou na guarda dos seus pertences, só podemos pois seguir essa linha de pensamento dos nossos antepassados criando alguma variedade de tipo mas sempre com a funcionalidade em mente e as caudas rabonas ou tortas. 

 

 

Aceitamos reservas para exemplares, no entanto dada a raridade da raça os candidatos estarão obrigados a um contrato que nos permite o controlo dos exemplares no sentido de preservar e garantir o futuro da raça.

 

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